16/07/2022 Trabalhador sai do hospital após quatro meses de internação
Trabalhador sai do hospital após quatro meses de internação

Ivan José da Silva, o Baía, de 45 anos permaneceu um mês e 21 dias na UTI, do total de quatro meses internado no Hospital Santo Amaro

Todos os serviços gerais, de elétrica e hidráulica à construção, “Baía” realizava, até novembro do ano passado, quando sofreu um acidente e perdeu as duas mãos.

Além de profissional requisitado atendia os inúmeros pedidos de ajuda dos amigos, parentes e conhecidos. Em uma dessas ocasiões, quando auxiliava um vizinho na colocação de um toldo na laje, se desequilibrou e sofreu uma queda.

Seu corpo em queda alcançou a rede elétrica. O impacto com o solo foi amparado, mas desencadeou uma onda de descargas elétricas, que resultaram em graves queimaduras. Ivan sofreu uma parada cardíaca e recebeu os primeiros socorros do corpo de bombeiros, que o levou ao Hospital Santo Amaro. Isso aconteceu no dia 20 de novembro de 2021 e Ivan permaneceu internado durante quatro meses.

O acidente ocorreu próximo a sua residência, em Vicente de Carvalho. O trauma foi muito violento e até hoje, passados oito meses, ainda há feridas pelo corpo. Ivan necessita trocar curativos diariamente, em casa, com apoio para fornecimento de insumos, da unidade básica de saúde próxima a sua casa.

Ivan não pode mais trabalhar. O amputado diz que até mudou de apelido e hoje é conhecido por ‘cotoco’, entre outros, alusivo a falta das mãos. Ele fala isso brincando e sorrindo e diz que aceitou sua atual condição.

O paciente grave saiu do HSA sem as mãos, mas com muita garra de viver, dizem os profissionais que acompanharam sua estadia. “Muito melhor ficar sem as mãos do que não poder acompanhar o crescimento dos meus filhos”, destaca o acidentado que é pai de Gabriel, de 11 anos e Daniel, de oito. Sua companheira, amigos, vizinhos e o irmão têm auxiliado a família na sobrevivência enquanto Ivan aguarda a homologação do seu benefício social, pelo INSS.

 

Paciente amputado usa celular e realiza tarefas domésticas

O dia três de março deste ano, marca a data da alta hospitalar do acidentado. Durante a sua internação, Ivan angariou amigos, com os quais se corresponde até hoje por meio de whats app. O aplicativo também é utilizado para comunicar-se com parte da equipe que o assistiu. “Este foi o primeiro equipamento que aprendi a usar sem as mãos”, relata Ivan se referindo ao aparelho celular. Os talheres são manejados pelo Ivan que também cuida de sua higiene pessoal e pequenos afazeres domésticos, como varrer a casa: “O dinâmico Baía, não sossega não, parece até que ficou mais elétrico!”, conclui.

 

Alto poder de adaptação, muita pulsão de vida  

A alta do Ivan emocionou, pois todos gostaram demais dele, conta a psicóloga Tamirys Mattos. A profissional integra a equipe de Assistência Psicossocial do HSA que, juntamente com as equipes médicas clínica, cirúrgica, fisioterapia e de enfermagem acompanhou o paciente desde seu ingresso na unidade hospitalar.

A psicóloga destaca que Ivan mostrou “alto poder de adaptação e muita pulsão de vida e conta que o paciente sempre esteve receptivo à equipe. Com a confirmação da amputação, demonstrou uma diminuição significativa na ansiedade, após o tratamento terapêutico: “Ele foi ressignificando a situação e aceitou. A família sempre foi o principal recurso de enfrentamento dele. Os filhos e o futuro deles sempre estavam no discurso”, salienta Tamirys. Ele foi o paciente mais resiliente que vi passar pelo HSA”, conclui.

Para o médico Dr. Hermano Boechat Poubel, Diretor Clínico do HSA, “Este paciente é um exemplo da importância de uma equipe multiprofissional, médica enfermagem, enfermagem do curativo, auxiliares e técnicos de enfermagem, da UTI, serviço de psicologia, todo mundo trabalhou e o resultado foi esse!”

 

O administrador do quarto

A assistente social Andrea Nascimento dos Santos conta que o paciente, após sair da UTI, desenvolveu uma dinâmica na internação. “Notamos que o Ivan se ocupava sendo útil, e brincávamos que ele era o administrador do quarto. Prestava atenção nos horários das medicações, cobrava os enfermeiros, alegrava, escutava e contava histórias, além de dar voz as necessidades dos outros”, explica.

O serviço social atuou desde a internação do paciente, auxiliou ao contato com a família. Após a amputação, o serviço social manteve o atendimento, desta vez orientando os direitos e trâmites para pleitear os benefícios pela assistência social e pelo INSS. “Fizemos contato com o CRAS, orientamos sobre os documentos necessários, agilizamos as questões burocráticas junto a equipe médica e a família para que o paciente logo conquistasse seus benefícios. O serviço social tem a função a de orientar estas situações desde a questão social, a doença, a recuperação e a reabilitação, junto com os familiares”, esclarece Andrea.

 

Paciente colaborativo com a equipe

A enfermeira Maria José Salustiano da Silva destaca que Ivan foi um paciente colaborativo, alegre e prestativo para com a equipe.

“Desde o primeiro atendimento na Unidade de Urgência e Emergência, a Enfermagem atuou na assistência ao Ivan. Desde a feitura de curativos, até explicação sobre cada passo a ser dado. “A enfermagem também oferta consolo e suporte emocional para encorajar o paciente”, salienta.


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