Hoje 15 de janeiro, dia de Santo Amaro, padroeiro de Guarujá,é feriado municipal na cidade. Vários eventos foram programados para marcar a data. Aproveito a oportunidade para homenagear, singelamente, alguém que, apesar de não ter sido canonizado e ter realizado suas obras quando ainda era vivo, merece ser considerado o outro santo da cidade.

Falo de Domênico Rangoni ou D. Domênico, como era mais conhecido. Nasceu na Itália, em 1915. Ordenado sacerdote, em 1938, veio para Guarujá nos anos 1950. Nos primeiros anos como pároco local, inaugurou a Igreja Matriz .Ocupou o cargo de vigário da Paróquia Nossa Senhora de Fátima e Santo Amaro de 1954 a 1976. Dedicou-se à construção da capela Cristo Rei, na Praia de Pernambuco; a capela São Pedro e São Paulo, na Enseada, e reforma da Capela de Vicente de Carvalho.

Teve intensa atividade social. Fundou Sociedade Santamarense de Amparo aos Praianos, tendo essa entidade patrocinado a construção do primeiro Pronto Socorro . Seguiu-se a construção da creche Ninho Maternal e uma maternidade, inaugurada em 1962, com 100 leitos. Desta maternidade, surgiu o Hospital Santo Amaro.

Na área da Educação. D. Domênico construiu o Centro Educacional Don Domênico, onde funcionam o Centro Comunitário Cultural, Biblioteca Pública, Escola de Educação Infantil de 1º e 2º graus e a Faculdade Don Domênico. Em 22 de abril de 1962, quando da inauguração da Maternidade, foi-lhe conferido o título de Cidadão Guarujaense.

Em outubro de 1983, recebeu do Papa João Paulo II elogios e uma benção pelo trabalho social desenvolvido na cidade. Faleceu no hospital Sirio Libanês, em São Paulo, em 1987. Está enterrado ao lado da capela do Hospital Santo Amaro.